- Por favor, 4 cappuccinos.
Começa a discussão sobre os
textos “Sentidos do passado: visões da história nacional nas galerias do Museu
Mariano Procópio”, dos historiadores Robert Daibert e Carina Costa; “O Mundo
cabe num leque” e o “O mito da mineiridade num espaço monárquico: a iconografia
da Conjuração Mineira no acervo do Museu Mariano Procópio, da historiadora
Maraliz Christo.
Além de um encontro
agradável numa noite de chuva fina, as discussões foram muito proveitosas.
O texto de Daibert e Costa
problematiza o discurso engendrado nas galerias de exposição do Museu Mariano
Procópio e a proposta deste discurso em ressaltar os valores da elite da época,
que era branca e escravocrata. E mesmo, já com sua abertura (1915) e a
respectiva doação à Prefeitura de Juiz de Fora (na década de 20 do século XX)
prestavam a um discurso que ressaltava o Império em detrimento da República.
Neste sentido, é importante perceber que os olhares; mas, mais importantes do
que isso, são as problemáticas históricas que suscitam.
Um desses exemplos, é o leque
da Viscondessa de Cavalcanti, pesquisado pela historiadora Maraliz Christo. Um objeto feminino que se
transforma em documento histórico, revelando o status social de determinadas
mulheres, além das relações sociais da elite, especificamente, da Viscondessa, ao coletar assinaturas de pessoas de destaque nacional e internacional em seu leque ao longo de 50 anos.
Por fim, para o próximo encontro
que pretendemos fazer no Museu Imperial, vamos ler dois textos: “O Museu
Imperial e a Celebração da Monarquia Brasileira”, de Claudia Soares Azevedo e “Como
explorar um museu histórico”, de José Sebastião Witter.
Para uma época que se
fala tanto na abertura do Museu Mariano Procópio, as leituras destes textos nos
leva a um novo olhar, a novos sentidos.