A resenha abaixo, sobre o nosso livro do mês me deixou bastante curiosa e motivada à leitura.
Acho que vou adorar!!!
O escritor norte-americano que ficou conhecido por
escrever o célebre romance Moby Dick, também foi autor de outras obras que
merecem destaque. Durante muitos anos ele fora ignorado por grande parte da
crítica. Só depois de algum tempo é que lhe deram o devido valor.
A presente obra, que trazemos nesta breve resenha,
é uma novela intitulada de Bartleby: O Escriturário. O livro, divido em
duas partes, foi trazido ao público anonimamente na revista Putmam’s Magazine
em 1853. Três anos depois foi relançado em 1856 fazendo parte de The
Piazza Tales.
A história é narrada por um advogado que tem em seu
escritório três funcionários: Turkey, Nippers e Ginger Nut. Este trio de
personagens tem suas peculiaridades. O primeiro, por exemplo, é um alcoólatra
que durante a manhã trabalha bem, no entanto, ao entardecer torna-se
extremamente mal humorado. Por outro lado, temos a figura de Nippers, que ao
contrário do colega de escritório, não é viciado na bebida, seu problema se dá
devido a uma indigestão crônica. Sendo assim, ele fica irritado constantemente
no início do dia, mas durante à tarde torna-se calmo. Por fim, temos Ginger
Nut, um office boy que tem o nome advindo dos bolos que busca para o chefe.
Estas três personagens não possuem uma influência muito grande na narrativa.
Porém, servem para demonstrar, como bem frisa o narrador, que eles trazem um
equilíbrio perfeito ao escritório.
Apesar de tudo correr bem no local de trabalho, que
é descrevido pelo advogado como extremamente opressivo, cercado de
prédios com paredes de tijolos enegrecidas, o narrador decide contratar mais um
funcionário: Bartleby. O novo integrante do escritório é instalado atrás de um
biombo que fica localizado entre a a sala do chefe e dos outros empregados. O
sujeito logo de cara mostra-se uma pessoa competente para a profissão de
copista. Ofício monótono e cansativo, que consistia em copiar inúmeras páginas
de processos, algumas chegando a beirar quinhentas laudas. No entanto, um dia o
advogado requisita que Bartleby, juntamente com outros trabalhadores do
escritórios, que seja feita uma revisão nas cópias. O novo funcionário responde
apenas: “prefiro não fazer”. É, a partir deste fato, as coisas começam a
complicar-se, pois o copista sempre que é mandado realizar outra tarefa,
esquiva-se sempre com as mesmas palavras: “prefiro não fazer.” Isto faz com o
advogado tente entender o porquê da atitude do empregado. Para piorar a
situação, o chefe descobre que Bartleby faz do lugar de trabalho sua casa. Sempre
respondendo de maneira insatisfatória as questões que lhe são indagadas, ele
decide de um dia para outro parar também de produzir as
cópias. Neste ínterim, o narrador perde a paciência e fica obcecado em tentar
descobrir a origem daquele comportamento e a história do funcionário
insurgente.
A novela se desenrola basicamente no enredo
explicitado acima. O leitor, do mesmo modo que o narrador, sente-se outrossim
desesperado para saber os motivos que levaram o copista agir daquela maneira.
Sendo assim, Melville conduz bem o texto com um certo mistério e algumas
reflexões feitas pelo narrador sobre o novo funcionário, que ocupam a maior
parte da obra.
Poder-se-á dizer que devido à época em que fora
escrito Bartleby, O Escriturário, procurar refletir no tocante às
condições do homem acerca do capitalismo, que no período já se mostrava forte.
Alguns enxergam a personagem, na verdade, está rebelando-se contra a
maquinização imposta por este sistema.
Esta pequena novela possuí poucos diálogos, às
vezes o texto soa monótono. Porém, é sempre bacana conhecer uma boa história
curta escrita no século XIX, ambientada em Nova Iorque. Ah! Cabe ressaltar que
o livro teve adaptações para cinema, bem como para o teatro.
Texto postado em 05 de novembro de 2009 no blog: http://www.literaturaemfoco.com/?p=125
Parece interessante. Vamos conferir.
ResponderExcluirTambém gostei! O carnaval vai ser bom para render a leitura. rs.
ResponderExcluirMeninos, acabo de ler o livro... é realmente excelente!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirEu gostei bem.
ResponderExcluirPrefiro não comentar
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