A obra que o grupo escolheu para ler neste mês de folia, digo, de fevereiro, foi "Política para não ser idiota".
O livro é uma parceria dos professores
Mario Sérgio Cortella e Renato Janine Ribeiro, os quais apresentam reflexões
e discussões em forma de diálogos as seguintes temáticas: a participação na
vida pública, embate entre liberdade pessoal e bem comum, o descaso dos mais
jovens em relação à democracia, a importância da ecocidadania, entre outras
coisas.
Pelo
livro estar estruturado em forma de diálogos, com uma narrativa simples e
fluida, é muito bom para quem está começando a se interessar por política ou àqueles
que pretendem fazer um debate introdutório acerca do assunto, a fim de
estabelecer uma ação pedagógica. Aliás, os autores ao utilizarem uma linguagem
acessível encontraram uma “fórmula” de transformar muitas vezes aquilo que é acadêmico
(portanto de difícil acesso e de interpretação mais amadurecida) em algo
palatável, sem cair no senso comum. Não é á toa que o livro já está na sua 9ª
edição.
Além da linguagem acessível,
o grande mérito do livro, a meu ver, é mostrar que as ações humanas são permeadas
pela política e que inclusive a omissão (não querer saber nem participar)
também é uma escolha política! E mais, a política não está somente em cargos
eletivos, mas sim no cotidiano de todos nós, portanto gostar de política não é coisa de idiota, já o contrário... Aliás, arrisco a dizer que encontramos um idiota a cada 5 metros.
Por fim, a crítica que faço ao livro é a ausência de uma discussão da necessidade de se discutir um projeto
político.
Realmente é uma boa introdução às questões políticas, o que se faz necessário, sobretudo nos dias atuais.Realmente faltou uma discussão sobre um projeto político, embora, penso eu, que este não tenha sido o objetivo dos autores. Penso que se trata apenas de um diálogo, importante, mas apenas um diálogo.
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