A obra literária escolhida para este mês de julho foi Os Anos 40: a ficção e o real de uma época. A leitura de Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, entre outras percepções, nos fez atentar para a necessidade de conhecer um pouco mais sobre o espaço urbano (Juiz de Fora) convivido e compartilhado por nós. Neste sentido, não poderia ter havido melhor escolha. A escolha deste "romance memorialista" nos dá a oportunidade de viajar por uma Juiz de Fora dos anos 40 marcada pela sua efervescência e tradição cultural, por uma sociedade urbano-industrial em que o nome Manchester Mineira ainda fazia jus à cidade.
Rachel Jardim nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, aos 19 de setembro de 1926, onde passou toda sua infância. Passou uma temporada em Guaratinguetá, interior paulista, e em 1942 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em Direito pela Puc-RJ. Ingressou-se no funcionalismo público. Fez estágios em museus de Nova York e, de volta ao Brasil, dirigiu o Patrimônio Cultural e Artístico do Rio de Janeiro. Colabora com a imprensa (Jornal do Brasil, Suplemento Literário do Minas Gerais e correio do Povo - RS).
No entanto, Rachel Jardim se notabiliza mesmo é na literatura. Autora de várias obras literárias, sofreu forte influência de grandes nomes desta área como Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Proust, Pedro Nava - de quem é grande admiradora -, Cecília Meireles, Virgínia Woolf, entre outros.
"Os Anos 40": a ficção e o real de uma época foi o seu primeiro livro. Lançado em 1973, em uma fase já adulta da autora, é uma narrativa ficcional e memorialista de uma Juiz de Fora dos anos de 1940, onde se percebe a mistura de uma efervecência cultural de vanguarda com uma tradição sócio-familiar tipicamente mineira. Com esta obra Rachel Jardim se junta aos principais autores memorialistas de Minas Gerais, juntamente com Murilo Mendes e Pedro Nava.
Ótima leitura a todo(a)s!!!
Obra de excelente qualidade!
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