sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lançamento do livro: Contos que Machado de Assis e Jorge Luis Borges Elogiaram, de Raphael Reis



           Acontecerá no próximo dia 20 de agosto de 2011, às 10h, na Livraria A Terceira Margem, o lançamento do livro "Contos que Machado de Assis e Jorge Luis Borges elogiaram", de Raphael de Oliveira Reis.
           O autor é formado em História e Políticas Públicas, ambas as formações pela UFJF; é integrante do grupo de leituras Prazer da Leitura, editor da Revista Encontro Literário,  além da atuar na área de políticas públicas em educação e leitura. Abaixo, o texto do prefácio:
Senhores e Senhoras,
Investindo-me na função de prefaciador, quis o autor Raphael Reis me dar a oportunidade de escrever depois de tantos anos. Agradeço o convite. Digo que buscarei, na medida do possível, corresponder à vossa confiança e ser sucinto.
Esta é a primeira obra do nosso mais novo prosador e como me confidenciou, quer ser o primeiro brasileiro a ganhar o prêmio Nobel, apesar de eu não acreditar nisso.
Foram escritos 15 contos: uns péssimos, outros bons, como naturalmente acontece.  Não posso comentá-los, pois assim perderia qualquer graça que por ventura eles possam ter. Ou seja, caro leitor, leia você mesmo e teça suas próprias conclusões.
Está prefaciado o prefácio. Que comece a leitura!

Machado de Assis
Verão de 2009

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Livraria A Terceira Margem
Gal. Pio X, 2º piso, loja 127
Centro - Juiz de Fora


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Rio de Janeiro Exposição

Richard BATE – Aqueduto com a Rua Matacavalos (atual Rua do Riachuelo), 1820


Bonito por natureza: Rio ontem e hoje

Belos cenários cariocas retratados por antigos viajantes europeus e fotógrafos contemporâneos

16 de maio a 19 de setembro de 2011 - Museu da Chácara do Céu



Inspirado em Jorge Benjor, Bonito por natureza foi o título escolhido para a exposição de imagens que retratam o olhar amoroso para o Rio de Janeiro.   Juntar a beleza do passado e do presente como homenagem à cidade, demonstra que a visão dos antigos artistas no século XIX se mantém, e ainda é captada com novas tecnologias e a sensibilidade dos fotógrafos contemporâneos Almir Reis e Jaime Acioli.  O público pode confirmar que essa cidade continua linda, de 16 de maio a 19 de setembro, no Museu Chácara do Céu, em Santa Teresa.
Várias peças da Brasiliana (o termo engloba coleções de quadros, livros, objetos, imagens e documentos sobre o Brasil) fazem parte da coleção de Castro Maya (1894-1968). Algumas foram herdadas e outras adquiridas ao longo de sua trajetória como amante e mecenas das artes, com um interesse especial por obras que retratassem o Brasil histórico e que, através da ótica da sensibilidade estética européia, desvendavam o país e construíam uma interpretação do Brasil, com ênfase em sua capital.
Em homenagem a este amante do Rio que foi Castro Maya, o Museu Chácara do Céu selecionou obras de alguns pintores estrangeiros que se renderam às belezas da cidade, deixando marcas de seus personagens e da sua paisagem durante o século XIX.  São trabalhos de profissionais como os alemães Emil Bauch e Friedrich Hagedorn, ou de artistas amadores, como o inglês Richard Bate e o oficial naval norte-americano Melanchton Brooks Woolsey. Suas obras nos deixam a versão de um Rio de Janeiro visto e pensado pelo olhar do outro.
Serviço:
Exposição "Bonito por natureza: Rio ontem e hoje", de 16 de maio até 19 de setembro.
Diariamente, exceto terças-feiras, das 12 às 17 horas
Ingresso: R$ 2,00
Gratuidades: maiores de 65, menores de12, grupos escolares em visita programada, membros do ICOM, professores e guias de turismo em serviço
Quartas-feiras: gratuito para todos
Museu da Chácara do Céu
Rua Murtinho Nobre 93, Santa Teresa /RJ  - Tel.: 21 - 3970 1126
Estacionamento no local
www.museuscastromaya.com.br

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Livro do mês de Julho



'Pantaleão e as visitadoras' conta a história de Pantaleão Pantoja, um capitão recém-promovido do exército, que recebe uma missão inesperada - criar um serviço de prostitutas para as Forças Armadas do Peru isoladas na selva amazônica, dentro do mais absoluto sigilo militar. O capitão tem que se mudar para Iquitos, se manter afastado dos demais militares, usar trajes civis e, acima de tudo, não contar nada à mãe e à mulher. É obrigado a trabalhar nas madrugadas, bebendo em bares infectos, e cuidar do empreendimento com personagens insólitos. Em pouco tempo o que era uma missão discreta se transforma no maior empreendimento de prostitutas do país, virando do avesso à vida de Iquitos e do próprio Pantaleão, que, como se não bastassem os problemas familiares, se verá envolvido com uma bela e insinuante visitadora.
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=2093826




Jorge Mario Pedro Vargas Llosa nasceu em Arequipa (Peru), em 1936, e passou a infância na Bolívia. De volta ao Peru, estuda direito e letras.Em 1959 vai para Madri, onde faz doutorado em filosofia e letras. Muda-se para Paris, como redator da France Presse. Seu primeiro livro, Os Chefes, é de 1959. Obtém sucesso internacional com o romance Batismo de Fogo (1962), traduzido para várias línguas. Em 1964, regressa ao Peru e realiza sua segunda viagem à selva amazônica. Trabalha como tradutor para a Unesco, na Grécia. Pantaleón e as Visitadoras sai em 1973. Pelos próximos anos, reside em Paris, Londres e Barcelona.Em 1981, publica A Guerra do Fim do Mundo, no qual narra a história da Guerra de Canudos. Volta ao Peru em 1983; sete anos depois concorre às eleições presidenciais (chegando ao segundo turno). Em seguida, muda-se para Londres, onde vive até hoje. Entre seus muitos títulos de ficção, jornalismo e ensaio, cabe mencionar os mais recentes: A Linguagem da Paixão (2002) e Paraíso na Outra Esquina (2003). Em 2010, Vargas Llosa ganhou o Nobel de Literatura. De acordo com a Academia Sueca, que concede o prêmio, o autor recebeu o prêmio "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual".

http://educacao.uol.com.br/biografias/mario-vargas-llosa.jhtm


Festival Varilux de Cinema Francês: Copacabana



Si on veut aller au cinéma pour voir un film de comédie dramatique (quoi serait ça?), on ne doit pas laisser passer Copacabana . Nous pouvons dire que tout est vrai et en même temps faux car l’histoire peut être véritable mais les actions des personnages, quelques fois, sont pleines de l’idiosyncrasie. Si vous n’avez pas compris ce que j’ai écri, je pourrai expliquer mieux: une fille qui ne veut pas avoir sa mère dans son marriage, une mère qui ne croit pas que sa fille devrait se marrier, une amie qui prête sa voiture sans se fier à l’autre, enfin un peu de mensonge pour raconter une vraie histoire d’une femme en quête d’elle même.

Babou, parfaitement interpretée par la grande star du cinéma français Isabelle Huppert, est cette femme qui tient aller au Brésil, bien que, pour elle, le grand pays soit seulement la ville Rio. Grâce à cette envie, le film donne un bon cadeau pour ses spectateurs, la très agréable musique brésilienne “bossanova”.

Malgré notre difficulté pour comprendre le genre comédie dramatique tout se revient plus facile quand on s’est apperçu que la cinématographie française n’accepte pas les classifications regulières. C’est pour ça que voir ce film peut être une expérience vraiment particulière en même temps que mensongement embarrassant.

Marcos Godoy

quinta-feira, 14 de julho de 2011

"Ata" do encontro de Junho


Ixi...o leite derramou??? 

No dia 03 de julho o grupo se reuniu das 18 às 21horas em meu lar (home sweet home) para discutir sobre a obra O Leite Derramado do escritor Chico Buarque.

Nesse encontro estiveram presentes o Marcos, Wallace, Raphael e eu (bendito o fruto entre os homens).

Além de discussões tivemos alguns aperitivos e até um bolo que eu mesma fiz para demonstrar ao grupo meus dotes culinários.

Ficou decidido que no próximo encontro (referente ao mês de julho), discutiremos a obra "Pantaleão e as Visitadoras", de Mario Vargas Llosa.

Todos preparados?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

22º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga


Estão abertas, desde o dia 1º de julho, as inscrições para o 22º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, promovido pelo Centro Cultural Pró-Música. O evento será realizado entre os próximos dias 17 e 30 e oferece um variado programa artístico com concertos, cursos e palestras voltados tanto para o público leigo quanto para o especializado.
Abertas gratuitamente para o público, as apresentações acontecerão no Cine-Theatro Central, no Teatro Pró-Música, no Museu de Arte Moderna Murilo Mendes (Mamm), no Colégio dos Jesuítas, em Igrejas e espaços públicos de Juiz de Fora. Nesta edição, mais uma vez, o festival ultrapassa os limites da cidade e leva apresentações para as cidades de Tiradentes e Prados.

Tradição e incorporação
O 22º Festival é o primeiro grande evento do Pró-Música depois de efetivada sua incorporação pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), consolidada no último dia 9 de junho. No Brasil, o evento consta no calendário nacional provocando anualmente grande expectativa no meio artístico. O evento marca a continuidade de um trabalho de excelência desenvolvido desde o quinto ano de existência do centro cultural.
O esforço intenso de especialistas pela pesquisa e ensino do legado da música colonial torna possível a transmissão de uma importante tradição musical para as novas gerações. Seus trabalhos estão registrados em 19 CDs, um DVD e nove livros, divulgados internacionalmente. “No calendário internacional, o evento está ganhando relevância através da divulgação de um material que impressiona os especialistas do exterior por sua qualidade. Eles ficam estarrecidos em conhecer a qualidade da música apresentada”, afirma o diretor geral do Centro Cultural Pró-Música, Júlio César de Souza Santos.
Salienta o reconhecimento do Festival a quantidade de prêmios que detém. Nos últimos anos foi laureado com o Trofeu Guarany do Prêmio Carlos Gomes, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade do Ministério da Cultura, e recebeu a insígnia da Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Casa Civil da Presidência da República.

Cursos e palestras para músicos
Serão oferecidos 48 cursos de instrumentos antigos e modernos. Para as crianças, oficinas de flauta, violino e violoncelo, para alunos iniciados no assunto. As aulas, ministradas por professores nacionais e internacionais vindos da Holanda, dos Estados Unidos e da França, são voltadas para um público dedicado ao estudo da música. O Master Class internacional de música antiga fica a cargo do conjunto francês Doulce Mémoire, com lições de flauta doce, luth et guitarre renascentista e canto renascentista.
Palestras que tratam de temas como a ópera barroca italiana e francesa, serão ministradas no auditório do Colégio dos Jesuítas. Confira a programação completa no site do Pró-Música.
Os interessados nos cursos devem preencher uma ficha de inscrição e pagar a taxa de R$ 120 por curso por meio de depósito bancário no Banco do Brasil, agência 0024-8, conta 6745-8, ou cheque nominal ao Centro Cultural Pró-Música. O comprovante do depósito precisa ser enviado junto com a ficha de inscrição para o e-mail promusica@terra.com.br ou por fax (32) 3216-4787. Os cem primeiros inscritos ganham alojamento gratuito e os 150 primeiros alimentação sem custo.

Comentários didáticos
Uma novidade implementada no 22º Festival são os comentários didáticos. Antes dos concertos, o público participará de uma conversa com o professor Rodolfo Valverde a respeito da obra apresentada. Serão explicações sobre o programa e o artista que proporcionarão ao ouvinte leigo uma apreciação mais adequada e prazerosa.
A “ilha cercada de pianos por todos os lados” vai ter no mês de julho ligação ainda mais íntima com a boa música. É o que crê Júlio César, confirmando a vocação cultural de Juiz de Fora. “Nossa cidade tem uma população que prestigia arte e a felicidade de ter em sua cidade uma instituição devotada à cultura como o Pró-Música.”

Outras informações: (32) 3216-4787 (Assessoria Pró-Música)

www.promusica.org.br


Fonte: Disponível em [http://www.ufjf.br/secom/2011/07/12/festival-internacional-de-musica-colonial-e-antiga-comeca-domingo-interessados-ainda-podem-se-inscrever/]. Acesso: 13/07/2011

sábado, 9 de julho de 2011

LEON TOLSTÓI em cena


"A última estação" (THE LAST STATION, 2009, 112 min) é, sem sombra de dúvida, um filme que nos faz sentir, de modo pictórico, a transcendentalidade da obra de Leon Tolstói - esse mito de origem russa que povoa a (boa) literatura universal. Quem me dera encarnar a figura de Valentin Bulgakov, secretário pessoal do então considerado pelos seguidores do Tolstoianismo um verdadeiro profeta, discrente quanto à propriedade particular e firme no tocante ao pacifismo como maior forma de resistência. Valentin, aos 20 e poucos anos, tem a oportunidade de entrar em contato com esta figura ao mesmo tempo mítica e profundamente humana, numa simbiose de energias vívidas e intensas. O filme nos mostra os momentos finais do autor e sua relação já conturbada com sua família e esposa, não sendo assim a melhor tela para a exposição de seus posicionamentos, pensamentos, asserções. Entretanto, temos a impressão indelével de que seus posicionamentos formam a marca registrada de seu legado: resoluto, ao mesmo tempo que interrogativo quanto a sua natureza; fulgaz, porém perene... em última análise humano. E a pergunta que paira no ar, embora tenha sido respondida desde a primeira cena em que profeta e seguidor se encontram, é aquela que nos persegue desde há muitos: o que, a despeito de suas inúmeras diferenças, é o ponto de convergência de todas as religiões do mundo? Só espero que tal resposta não venhamos a conhecê-la tão somente quando estivermos prester a embarcar na última estação. Por Marcos Godoy.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Espanha disponibiliza patrimônio cultural na internet


O Ministério da Cultura da Espanha acaba de inaugurar um espaço online dedicado aos Dicionários do Patrimônio Cultural Espanhol. A ferramenta, que integra o portal Coleções em Rede (http://www.mcu.es/museos/MC/CERES/index.html), torna acessível um acervo com mais de 5.800 definições utilizadas para a descrição de bens culturais.
O objetivo do site é tornar pública a riqueza deste patrimônio divulgando o vocabulário utilizado para a sua identificação e classificação. A definição dos vocabulários garante um intercâmbio ágil e extenso da informação, contribuindo para o incremento de conteúdos digitais de qualidade para o setor.
Nesta primeira versão, estão disponíveis para consulta todos os vocabulários utilizados para a descrição de mobiliário, numismática e materiais cerâmicos.  A previsão é de que, nos próximos meses, seja agregado o vocabulário utilizado para descrever objetos associados a ritos, cultos e crenças, além de informações geográficas.

domingo, 3 de julho de 2011

Crítica do Livro Leite Derramado, de Chico Buarque

Por Júlia Rónai

Falar sobre o livro leite derramado de Chico Buarque é complicado por dois motivos principais: o primeiro é o fato de que bastante já foi escrito a respeito, na época do lançamento no inicio do ano. O segundo é a dificuldade que se tem de separar uma obra específica do corpo da obra do autor. No caso de compositor, suas músicas são tão conhecidas - e amadas - por nós cariocas que é difícil manter a objetividade lendo seu livro. O desafio é apresentar uma visão original, que seja realmente sobre este livro, não sobre seu autor.

De qualquer forma, mesmo uma crítica que se pretenda original deve reconhecer aquilo que outros críticos já escreveram. No jornal O Globo o livro foi comparado com “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, e de fato, ao folhear suas páginas, é fácil perceber nelas notas do romance de Machado de Assis. Leite Derramado conta a história de um velho senhor que, no leito do hospital, aparentemente todas as noites, conta suas memórias de forma truncada, ora para uma enfermeira, ora para sua filha. “...o caminho para o sono é um corredor cheio de pensamentos”, nos diz o autor na página 08 do livro. E assim Chico Buarque traça as linhas de seu romance, como um caminho cheio de pensamentos. Esses pensamentos nem sempre são organizados de forma coerente. Muitas vezes o personagem principal se desmente, se repete, se perde em corredores de memórias confusas. O mais interessante dessa linguagem é que ela retrata a decadência daquele que conta a história de forma não direta, não óbvia. Embora o personagem nos conte glórias de seu passado familiar, podemos entrever por seu modo de falar e por sua confusão, pistas que nos revelam seu real estado.

Alguns criticos salientaram o aspecto histórico presente no livro. Através dos antepassados dos personagens, a história recente do Brasil fica evidenciada. Destaca-se aí a participação dos personagens negros, escravos e ex-escravos. Embora isso seja um traço presente na narrativa, não o vejo como algo tão essencial, que mereça o destaque que teve em outras resenhas.

As letras de Chico são indubitavelmente geniais. E genial não é uma palavra que deva ser usada levianamente. Talvez esse seja justamente o maior problema de Leite Derramado. Se o livro fosse lido como o romance de um autor desconhecido, ele seria um livro fabuloso. O problema é que o livro não foi escrito por um desconhecido. Foi escrito por Chico Buarque. E por isso espera-se a mesma genialidade no romance que podemos ler nas letras de suas músicas. E, ainda que a linguagem truncada, os aspectos históricos e a escrita em geral seja interessante, Leite Derramado não é genial. Não é um equivalente literário das músicas do compositor. E esse fato decepciona. Além disso, a repetição que acompanha todo o desenvolvimento da trama, embora eficaz para retratar o estado de embaralhamento da mente do ancião, torna a leitura penosa e falha em prender a atenção do leitor.

Fonte: Disponível em [http://www.pacc.ufrj.br/literatura/livros/leite_derramado.php]. Acesso em 03/07/2011