sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Homenagem aos 130 anos do falecimento de Fiódor Dostoiévski (1821-1881)

Fiodor Mikhailovich Dostoievski foi uma das maiores personalidades da literatura russa, tido como fundador do Realismo.

Sua mãe morreu quando ele era ainda muito jovem e seu pai, o médico Mikhail Dostoievski, foi assassinato pelos próprios colonos de sua propriedade rural em Daravoi, que o julgavam autoritário. Esse fato exerceu enorme influência sobre o futuro do jovem Dostoiévski e motivou o polêmico artigo de Freud: "Dostoiévski e o Parricídio".

Em São Petersburgo, Dostoiévski estudou engenharia numa escola militar e se entregou à leitura dos grandes escritores de sua época. Epilético, teve sua primeira crise depois de saber que seu pai fora assassinado. Sua primeira produção literária, aos 23 anos, foi uma tradução de Balzac ("Eugénie Grandet"). No ano seguinte escreveu seu primeiro romance, "Pobre Gente", que foi bem recebido pelo público e pela crítica.

Em 1849 foi preso por participar de reuniões subversivas na casa de um revolucionário, e condenado à morte. No último momento, teve a pena comutada por Nicolau 1o e passou nove anos na Sibéria, quatro no presídio de Omsk e mais cinco como soldado raso. Descreveu a terrível experiência no livro "Recordações da Casa dos Mortos" e em "Memórias do Subsolo".

Suas crises sistemáticas de epilepsia, que ele atribuía a "uma experiência com Deus", tiveram papel importante em suas crenças. Inspirado pelo cristianismo evangélico, passou a pregar a solidariedade como principal valor da cultura eslava. Em 1857 casou-se com Maria Dmitrievna Issaiev, uma viúva difícil e caprichosa. Dois anos depois retornou a Petersburgo. Em 1862 conheceu Polina Suslova, que viria a ser o seu romance mais profundo. Em 1864, viúvo de Maria, terminou seu caso com Polina e em 1867 casou-se com Anna Snitkina.

Entre suas obras destacam-se: "Crime e Castigo", "O Idiota", "O Jogador", "Os Demônios", "O Eterno Marido" e "Os Irmãos Karamazov".

Publicou também contos e novelas. Criou duas revistas literárias e ainda colaborou nos principais órgãos da imprensa russa.

Seu reconhecimento definitivo como escritor universal surgiu somente depois dos anos 1860, com a publicação dos grandes romances: "O Idiota" e "Crime e Castigo". Seu último romance, "Os Irmãos Karamazov", é considerado por Freud como o maior romance já escrito.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

66 Anos de libertação de Auschwitz (1945-2011)

O complexo dos campos de concentração de Auschwitz era o maior de todos os estabelecidos pelo regime nazista. Nele havia três campos principais de onde os prisioneiros eram distribuídos para fazer trabalho forçado e por longo tempo, um deles também funcionou como campo de extermínio. Os campos estavam a aproximadamente 60 quilômetros a oeste da cidade polonesa de Cracóvia, na Alta Silésia , próximos à antiga fronteira alemã e polonesa de antes da guerra, mas que em 1939, após a invasão e a conquista da Polônia, foi anexada à Alemanha nazista. As autoridades das SS estabeleceram os três campos principais perto da cidade polonesa de Oswiecim: Auschwitz I, em maio de 1940; Auschwitz II (também conhecido como Auschwitz-Birkenau), no início de 1942; e Auschwitz III (também chamado de Auschwitz-Monowitz), em outubro de 1942.

O campo de Auschwitz era subordinado à “Inspetoria dos Campos de Concentração”. Até março de 1942 esta Inspetoria era um órgão do Quartel-General das SS e, a partir de 1941, começou a fazer parte da Central de Operações das SS. De março de 1942 até a liberação de Auschwitz, a Inspeção era subordinada à Central Econômica-Administrativa das SS.

Em novembro de 1943, as SS decretaram que Auschwitz-Birkenau e Auschwitz-Monowitz se tornariam campos de concentração independentes. O comandante de Auschwitz I continou como comandante da guarnição de todas as unidades SS enviadas para Auschwitz e era considerado o oficial sênior entre os três comandantes. Os escritórios de administração da SS que armazenavam os registros de prisioneiros e gerenciavam sua distribuição de trabalho continuavam localizados na Auschwitz I. Em novembro de 1944, Auschwitz II foi reunificado a Auschwitz I, e Auschwitz III passou a ser denominado Monowitz.

Os comandantes do complexo de campos de concentração de Auschwitz eram: Tenente-Coronel da SS Rudolf Hoess, de maio de 1940 a novembro de 1943; Tenente-Coronel da SS Arthur Liebehenschel, de novembro de 1943 até meados de maio de 1944; e Major da SS Richard Baer, de meados de maio de 1944 a 27 de janeiro de 1945. Enquanto era independente, os comandantes de Auschwitz-Birkenau (novembro de 1943 a novembro de 1944) foram o Tenente-Coronel da SS Friedrich Hartjenstein, de novembro de 1943 a meados de maio de 1944 e o Capitão da SS Josef Kremer, de meados de maio a novembro de 1944. O comandante do campo de concentração Monowitz, de novembro de 1943 a janeiro de 1945, foi o Capitão Heinrich Schwarz.

AUSCHWITZ I

Auschwitz I, o campo principal, foi o primeiro a ser fundado perto da cidade polonesa de Oswiecim. As construções começaram em maio de 1940 em um antigo quartel da artilharia do exército polonês, localizado em um bairro afastado. As autoridades das SS obrigavam os prisioneiros ao trabalho forçado contínuo, com a finalidade de expandir os limites físicos do campo. Durante o primeiro ano de existência do campo, as SS e a polícia evacuaram uma área de aproximadamente 40 quilômetros quadrados como "área de desenvolvimento", reservada para uso exclusivo do campo. Os primeiros prisioneiros de Auschwitz eram alemães, transferidos do campo de concentração Sachsenhausen, na Alemanha, onde estavam encarcerados por infração criminal recorrente, e prisioneiros políticos poloneses que vieram de Lodz e estavam no campo de concentração de Dachau e de Tarnów, no Distrito de Generalgouvernment na Cracóvia (parte da Polônia ocupada mas não incorporada à Alemanha nazista, associada administrativamente à Prússia Oriental, ou incorporada à União Soviética ocupada pela Alemanha).

Similar à maioria dos campos de concentração alemães, Auschwitz I foi construído com três finalidades: 1) prender os inimigos reais e imaginários do regime nazista, e das autoridades de ocupação alemãs na Polônia, por um período indeterminado; 2) ter à disposição uma grande oferta de trabalhadores forçados para alocar aos empreendimentos das SS e relacionados à construção (e, mais tarde, produção de armamento e artigos de guerra); e 3) servir como local para a exterminação de grupos pequenos, de determinadas populações, conforme determinado pelas SS e autoridades policiais para manter a segurança da Alemanha nazista. Como a maioria dos campos de concentração, Auschwitz I possuía câmara de gás e crematório. Inicialmente, os engenheiros das SS construíram uma câmara de gás improvisada no porão do bloco de celas, o Bloco 11. Mais tarde, uma câmara maior e permanente foi construída como parte do crematório original, em outro prédio fora do complexo de celas.

Em Auschwitz I, os médicos das SS realizavam experiências “médicas” no hospital localizado no Bloco 10. Eram pesquisas pseudocientíficas em bebês, gêmeos e anões, além de fazerem esterilizações forçadas e experiências de hipotermia em adultos. O médico mais conhecido dentre eles era o infame Capitão das SS, Dr. Josef Mengele.

Entre o crematório e o quartel de experiências médicas ficava a "Parede Negra", frente à qual os guardas das SS executavam milhares de prisioneiros.

AUSCHWITZ II

A construção de Auschwitz II, ou Auschwitz-Birkenau, teve início em outubro de 1941, nas proximidades da cidade polonesa de Brzezinka. Dos três campos localizados perto de Oswiecim, o Auschwitz-Birkenau foi o que teve o maior número de prisioneiros. Era dividido em mais de doze seções, separadas por cercas com arame farpado eletrificado que, como em Auschwitz I, eram patrulhadas pelos guardas das SS e, após 1942, por guardas com cães policiais. O campo tinha seções específicas para homens, mulheres, um campo familiar para ciganos deportados da Alemanha, Áustria e do protetorado da Boêmia e Moravia, e um para famílias judias deportadas do gueto de Terezín.

Auschwitz-Birkenau também tinha instalações que funcionavam como centro-de-extermínio, e exercia um papel fundamental no plano alemão para exterminar os judeus europeus. A partir de meados de 1941, o gás Zyklon B foi introduzido no sistema dos campos de concentração alemães como forma de agilizar o extermínio. Em setembro, em Auschwitz I, deu-se o primeiro teste com o gás Zyklon B, e o "sucesso" destes testes levaram à adoção daquele gás em todas as câmaras de gás do complexo Auschwitz. Próximo a Birkenau, as SS iniciaram o processo de transformação de duas sedes de antigas fazendas em câmaras de gás. A câmara "improvisada" I entrou em operação em janeiro de 1942 e mais tarde foi desmontada. A câmara “improvisada” II funcionou de junho de 1942 até o final de 1944. As SS consideraram as instalações inadequadas para o volume de gás que eles haviam planejado usar para Auschwitz-Birkenau. Entre maio e junho de 1943, foram construídos quatro imponentes prédios de cremação, cada um com três componentes: uma área para os prisioneiros despirem-se, uma grande câmara de gás, e fornos crematórios. As SS mantiveram as operações com gás em Auschwitz-Birkenau até novembro de 1944.

DEPORTAÇÃO PARA AUSCHWITZ

Os trens chegavam constantemente a Auschwitz-Birkenau trazendo como carga judeus de praticamente todos os países europeus ocupados pela Alemanha ou a ela aliados. Estes carregamentos foram iniciados em 1942 e terminaram em 1944. Estes são os dados, em números aproximados, das deportações de judeus por país: Hungria: 426.000; Polônia: 300.000; França: 69.000; Holanda: 60.000; Grécia: 55.000; Boêmia e Morávia: 46.000; Eslováquia: 27.000; Bélgica: 25.000; Iugoslávia: 10.000; Itália: 7.500; Noruega: 690; outros (incluindo os prisioneiros de outros campos de concentração que eram despachados para Auschwitz-Birkenau ): 34.000.

Com as deportações provenientes da Hungria, Auschwitz-Birkenau tornou-se um instrumento de extrema eficácia dentro do plano alemão de destruir os judeus europeus. Entre final de abril e começo de julho de 1944, aproximadamente 440.000 judeus húngaros foram deportado, e cerca de 426.000 deles foram diretamente para Auschwitz. Deste, as SS imediatamente enviaram cerca de 320.000 diretamente para as câmaras de gás em Aschwitz-Birkenau, mobilizando quase 110.000 para trabalho forçado no complexo de campos de concentração de Auschwitz. Em questão de semanas após sua chegada, os judeus húngaros foram enviados pelas SS para trabalho escravos em outros campos deconcentração, na Alemanha e na Áustria .

No total, aproximadamente 1,1 milhão de judeus foram deportados para Auschwitz. Além deles, as autoridades das SS e das polícias colaboracionistas deportaram cerca de 200.000 pessoas de outras etnias para Auschwitz, incluindo 140.000 a 150.000 poloneses não-judeus, 23.000 ciganos roma e sinti, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos, e outros 25.000 civis(cidadãos soviéticos, lituanos, tchecos, franceses, iugoslavos, alemães, austríacos e italianos).

Os recém-chegados a Auschwitz-Birkenau passavam por uma triagem, na qual a equipe das SS decidia quem era capaz ou incapaz de realizar trabalhos forçados--a maioria--e os enviava diretamente para câmaras de gás, que pareciam banheiros com chuveiros para enganar as vítimas, para que o processo fosse mais rápido. Os pertences dos que iam para as câmaras eram confiscados e enviados para o depósito "Kanada" (Canadá), para posteriormente serem enviados à Alemanha. Para os prisioneiros, a palavra Canadá significava riqueza.

Pelo menos 960.000 judeus foram exterminados em Auschwitz, além de cerca de 74.000 poloneses, 21.000 ciganos, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos, e 10.000 a 15.000 civis de outras nacionalidades (cidadãos soviéticos, tchecos, iugoslavos, franceses, alemães e austríacos).

Em 7 de outubro de 1944, algumas centenas de prisioneiros destinados ao crematório IV em Auschwitz-Birkenau rebelaram-se após descobrirem que seriam assassinados. Durante a rebelião, os prisioneiros mataram três guardas, explodiram o crematório e a câmara de gás adjacente usando para tal explosivos trazidos clandestinamente para o campo por cinco judias que eram trabalhadoras forçadas em uma fábrica de armamentos bélicos nas proximidades. Os alemães acabaram com a rebelião, matando quase todos os prisioneiros envolvidos e enforcando publicamente as mulheres envolvidas, no início de janeiro de 1945.

As operações com gás continuaram até novembro de 1944 quando, sob as ordens de Himmler, as SS desabilitaram as câmaras de gás que ainda funcionavam. Em janeiro de 1945, as SS iniciaram a demolição das instalações remanescentes à medida que as forças soviéticas se aproximavam, em uma tentativa frustrada de esconder do mundo as barbaridades que praticavam.

AUSCHWITZ III

Auschwitz III, localizado nos arredores da cidade polonesa de Monowitz e também conhecido como Buna ou Monowice, foi fundado em outubro de 1942 para abrigar prisioneiros enviados para ali trabalhar na produção de borracha sintética. Na primavera de 1941, o conglomerado alemão I.G. Farben lá estabeleceu uma fábrica, na qual planejavam explorar a força de trabalho escravo dos campos de concentração para produzir borracha e combustíveis sintéticos. A I.G. Farben investiu mais de 700 milhões de Reichsmarks, cerca de 1,4 milhões de dólares na época, em Auschwitz III. De maio de 1941 a outubro de 1942, as SS transportaram prisioneiros de Auschwitz I para o "Anexo Buna", caminho que inicialmente faziam a pé, e depois de trem. Com a construção de Auschwitz III, no final de 1942, os prisioneiros que trabalhavam em Buna lá passaram a viver.

Auschwitz III também possuía um campo denominado “Campo de Educação pelo Trabalho”, no qual eram colocados prisioneiros não-judeus que os nazistas acreditavam haver violado a disciplina imposta pelos alemães no trabalho.

SUBCAMPOS DE AUSCHWITZ

Entre 1942 e 1944, as autoridades de Auschwitz fundaram 39 sub-campos; alguns deles foram fundados dentro de zonas de "desenvolvimento", dentre elas Budy, Rajsko, Tschechowitz, Harmense e Babitz. Outros, tais como Blechhammer, Gleiwitz, Althammer, Fürstengrube, Laurahuette e Eintrachthuette, localizavam-se na Alta Silésia, ao norte e a oeste do Rio Vístula; e os de Freudental e Bruenn/Brnona Morávia. Os sub-campos que produziam ou processavam produtos agrícolas eram subordinados administrativamente à direção de Auschwitz-Birkenau; por outro lado, os sub-campos utiliizados para a produção industrial e de armamento, ou indústrias de extração (tais como minas de carvão e pedreiras), eram subordinados a Auschwitz-Monowitz. Após novembro de 1943, esta divisão de responsabilidades administrativa foi formalizada.

Os prisioneiros trabalhavam em grandes fazendas, inclusive em uma estação experimental de agricultura em Rajsko. Eles também eram forçados a trabalhar em minas de carvão e pedreiras, com pesca e, principalmente, em indústrias de armamento, como a empresa das SS German Equipment Works, fundada em 1941. Periodicamente os prisioneiros passavam por uma seleção, e se as SS os julgasse fracos ou doentes demais para trabalhar os enviavam para Auschwitz-Birkenau para serem eliminados.

Em Auschwitz I, aqueles que eram escolhidos para o trabalho forçado eram registrados e tatuados no braço esquerdo com o número de identificação, após o que eram enviados para o campo principal ou para outros lugares no complexo, inclusive para os sub-campos.

A LIBERAÇÃO DE AUSCHWITZ

No final de janeiro de 1945, em pleno inverno, conforme as forças soviéticas aproximavam-se do complexo de campos de concentração de Auschwitz, as SS iniciaram a evacuação destes campos e seus sub-campos. As unidades das SS forçaram cerca de 60.000 prisioneiros a marchar na direção oeste do sistema de campos de Auschwitz, e muitos milhares foram mortos nos dias que antecederam o início da “Marcha da Morte”. Dezenas de milhares de prisioneiros, a maioria judeus, foram forçados a caminhar tanto para noroeste, por 55 quilômetros, para Gliwice/Gleiwitz, junto com os prisioneiros dos sub-campos no leste de Alta Silésia, tal como Bismarckhuette, Althammer e Hindenburg, quanto para oeste, por 63 quilômetros, para Wodzislaw/Loslau na parte ocidental de Alta Silésia, junto com os prisioneiros dos sub-campos localizados ao sul de Auschwitz, como Jawischowitz, Tschechowitz e Golleschau. Os guardas das SS atiravam em todos os que ficavam para trás ou que não conseguiam continuar. Os prisioneiros também sofreram com o mau tempo, fome durantes as terríveis marchas. Pelo menos 3.000 prisioneiros morreram quando iam para Gliwice; e estima-se que 15.000 mais tenham morrido durante as marchas de evacuação de Auschwitz e seus sub-campos.

Quando chegavam a Gliwice e Wodzislaw, eram colocados em trens de carga, sem qualquer tipo de calefação, e levados para campos de concentração na Alemanha, principalmente Flossenbürg, Sachsenhausen, Gross-Rosen, Buchenwald, Dachau, e também Mauthausen, na Áustria. A viagem de trem durava dias e, sem comida, água, abrigo ou cobertores, muitos não conseguiram sobreviver.

No final de janeiro de 1945, as autoridades das SS e da polícia forçaram 4.000 prisioneiros a caminhar para Blechhammer, um sub-campo de Auschwitz-Monowitz. As SS exterminaram cerca de 800 prisioneiros durante a marcha para o campo de concentração Gross-Rosen, além de assassinarem 200 outros que haviam ficado em Blechhammer devido a doenças ou a tentativas frustradas de se esconderem. Após um curto período de tempo, as SS transportaram cerca de 3.000 prisioneiros do complexo industrial de Blechhammer, na Polônia, do campo de concentração Gross-Rosen para o de Buchenwald, na Alemanha.

Em 27 de janeiro de 1945, o exército soviético ingressou em Auschwitz, Birkenau e Monowitz, liberando aproximadamente 7.000 prisioneiros, a maioria deles muito doente e morrendo. Estima-se que as SS e a polícia deportaram, no mínimo, 1.3 milhão de pessoas para o complexo de Auschwitz entre 1940 e 1945. Do total de 1.3 milhão as autoridades dos campos exterminaram 1,1 milhão.

Fonte: http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005189

           http://en.auschwitz.org.pl/m/

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Concurso Literário “Deus sabe tudo e não é dedo duro"

Escrito pelo jornalista Juliano Nery, o livro “Deus sabe tudo e não é dedo duro e outras histórias” reúne crônicas do autor publicadas na imprensa. Suas histórias retratam o cotidiano, que servem como pano de fundo para suas reflexões.

Entrevistado pelo blog Palimpsestos, Juliano cedeu gentilmente dois exemplares do seu livro para serem sorteados entre os leitores do blog.

CRITÉRIOS PARA PARTICIPAR:

Para participar é fácil: basta se tornar um seguidor do blog Palimpsestos e enviar para o e-mail palimpsestosjf@gmail.com uma resposta à seguinte pergunta: qual é a sua obra literária predileta e por quê?

As respostas passarão por análise dos editores do blog, que irão considerar a correção gramatical, a clareza do texto e os argumentos apresentados para justificar a eleição da obra. O texto deve ser redigido em Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples, no editor de textos Word.

O concurso será finalizado no dia 29/01, e os premiados serão anunciados aqui mesmo, no Palimpsestos no dia 31/01, data em que o grupo comemora dois anos de existência. O contemplado, além de receber o livro, terá seu texto publicado no blog. Participem!

Encontro do mês (janeiro de 2011)

  O encontro deste mês, janeiro de 2011, terá como leitura a obra "Cândido ou o Otimista, do filósofo iluminista francês, Voltaire.
  Voltaire era o pseudônimo (apelido) de François-Marie Arouet. Foi um importante ensaísta, escritor e filósofo iluminista francês. Nasceu na cidade de Paris, em 21 de novembro de 1694 e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1778. Durante sua vida escreveu diversos ensaios, romances, poemas e até peças de teatro.
  Voltaire fazia parte de uma família nobre francesa. Estudou num colégio jesuíta da França, onde aprendeu latim e grego. Em 1713, foi designado como secretário da embaixada da França na cidade de Haia (Holanda). Em 1726, em função de uma disputa com um nobre francês, foi preso na Bastilha por cinco meses. Libertado, foi exilado na Inglaterra, onde viveu na cidade de Londres entre os anos de 1726 e 1728.
  Retornou para a França em 1728 e começou a divulgar idéias filosóficas, desenvolvidas na fase que viveu em Londres. Estas idéias baseavam-se, principalmente, nos pensamentos de Newton e John Locke.
  Em 1734, publicou uma de suas grandes obras, Cartas Filosóficas, em que defende a liberdade ideológica, a tolerância religiosa e o combate ao fanatismo dogmático.
  Em 1742, viajou para a cidade de Berlim, onde foi nomeado historiógrafo, acadêmico e cavaleiro da Câmara Real. Em função de conflitos, precisou sair da Alemanha e foi morar na Suíça.
  Retornou para Paris em 1778, onde morreu neste mesmo ano, no dia 30 de maio.
  Voltaire foi influenciado, no campo da idéias, pelo cientista Isaac Newton e pelo filósofo John Locke. Defendia as liberdades civis (de expressão, religiosa e de associação). Criticou as instituições políticas da monarquia, combatendo o absolutismo. Criticou o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema político. Foi um defensor do livre comércio, contra o controle do estado na economia. Foi um importante pensador do iluminismo francês e suas idéias influenciaram muito nos processos da Revolução Francesa e de Independência dos Estados Unidos.

Principais obras de Voltaire 
  • Édipo, 1718 
  • Mariamne, 1724 
  • La Henriade, 1728 
  • História de Charles XII, 1730 
  • Brutus, 1730 
  • Cartas filosóficas, 1734 
  • Mondain, 1736 
  • Epître sur Newton, 1736 
  • Tratado de Matafísica, 1736 
  • O infante pródigo, 1736 
  • Elementos da Filosofia de Newton, 1738 
  • Zulime, 1740 
  • Zadig ou o destino, 1748 
  • Le monde comme il va, 1748 
  • Nanine, ou le Péjugé vaincu, 1749 
  • O século de Luis XIV, 1751 
  • Micrômegas, 1752 
  • Essai sur les mœurs et l'esprit des Nations, 1756 
  • Histoire des voyages de Scarmentado écrite par lui-même, 1756 
  • Le Caffé ou l'Ecossaise, 1760 
  • Tancredo, 1760 
  • Histoire d'un bon bramin, 1761 
  • La Pucelle d'Orléans, 1762 
  • Tratado sobre a tolerância, 1763 
  • Dicionário filosófico, 1764 
  • Jeannot et Colin, 1764 
  • Petite digression, 1766 
  • O ingênuo, 1767 
  • A princesa da Babilônia, 1768 
  • Questions sur l'Encyclopédie, 1770 
  • Le Cri du Sang Innocent, 1775 
  • Dialogues d'Euhémère, 1777 

  • Irene, 1778 
  • Agathocle, 1779 
Nota sobre o livro Cândido ou o Otimista

Cândido ou o Otimista é uma sátira da sociedade. Uma sátira cheia de humor y comicidade. A ironia volteriana agride a todo o mundo. Nada se salva. De uma parte, a civilização e todas suas instituições, em particular a Igreja e o Exército. De outra parte, todos os pseudo-valores de seu tempo: o orgulho aristocrático, a supertição da ambição, o desejo de poder, a paixão pelo dinheiro, as ideologias e outras coisas. Estes aspectos estão encarnados pelos distintos personagens do relato e são a mostra evidente de sua necssidade.
Até as desgraças mais atroces estão expostas com humor, inclusive caracterizando o cenário. Cândido é o herói ingênuo, que vai desco
brindo o mundo pouco a pouco. É bom e generoso, porém o destino e os acontecimentos lhe converte em um assassino. Ao final será o personagem mais lúcido.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Inscrições gratuitas para cursos de Inglês e Espanhol: Projeto Boa Vizinhança da UFJF

Interessados em fazer curso de inglês ou espanhol gratuitos, oferecidos pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), têm até esta sexta-feira, 21, para se inscreverem. São 90 vagas ofertadas pelo programa de extensão Boa Vizinhança.
O projeto, em parceria com a Faculdade de Letras, oferece aulas de nível básico das duas línguas. Sessenta por cento das vagas são destinadas a 38 bairros vizinhos à UFJF (Veja a lista completa de bairros abaixo), e 40% para as demais comunidades.
Serão abertas três turmas: duas de inglês com 30 alunos cada e uma de espanhol também com 30 alunos. As aulas são ministradas por alunos do curso de Letras, coordenados pelas professoras Marta Cristina da Silva, de inglês, e Ana Beatriz Gonçalves, de espanhol.
As aulas serão dadas aos sábados, das 8h às 12h, na Faculdade de Letras, com início previsto para 19 de março. O curso tem duração de três semestres letivos, sendo que o aluno somente poderá fazer um único idioma, escolhido durante a inscrição.
Na Central de Atendimento
As inscrições são presenciais. Os interessados devem ir à Central de Atendimento (CAT), localizada no prédio da Reitoria, no campus, das 13h às 18h.
O candidato deve ter mais de 18 anos e comprovar renda familiar per capita de até R$ 540. Além disso, deve preencher o formulário de inscrição e levá-lo com a cópia dos seguintes documentos: identidade, comprovante de renda familiar e comprovante de residência atualizado. Veja a lista completa de documentos necessários para a inscrição no site .
Estudantes da UFJF não podem participar do programa, pois a instituição já oferece aulas dos dois idiomas.
O resultado será divulgado no dia 4 de fevereiro, quando será feita análise da ficha de inscrição e sorteio para os candidatos que atenderem a todas as exigências.
Os alunos selecionados ficam obrigados a comparecerem nos dois primeiros sábados de aulas, com documento de identidade. O não cumprimento poderá acarretar em perda da vaga.
O Programa Boa Vizinhança oferece desde outubro de 2004 o curso de inglês para a comunidade. Já o de espanhol foi implantado em 2010. Desde seu início, a ação extensionista da UFJF já atendeu mais de 500 alunos.
O que é renda per capita familiar
A renda familiar per capita é a soma total da renda bruta no mês de todos aqueles que compõem a família, dividida pelo número de seus integrantes. Se uma família de cinco membros recebe, no total, por mês, R$ 2.500. A renda per capita familiar é de R$500. Portanto, é permitida a inscrição dos integrantes da casa.

Mais informações: http://www.ufjf.br/dircom/?p=36569

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

10ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Juiz de Fora

O Centro Cultural Bernardo Mascarenhas juntamente com o Teatro Solar, o Teatro Clara Nunes – Sesc, o Teatro Pró-Música, o Mezcla e a Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora serão os palcos da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Juiz de Fora, que chega a sua 10ª edição e acontece entre os dias 13 de janeiro a 13 de fevereiro, abrindo o calendário artístico e cultural de 2011 em nossa cidade.

Segundo os organizadores, a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Juiz de Fora (Apac) e o Sindicato de Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc) – MG, que esperam mais de 15.000 espectadores. Serão apresentados 30 espetáculos diferentes de companhias teatrais da cidade, sendo seis peças infantis e 24 voltadas para o público adulto.

O objetivo da campanha é democratizar o acesso ao teatro e a dança, oferecendo a oportunidade do público conferir as novas produções locais a preços populares. Os ingressos estão sendo comercializados no Parque Halfeld e parte da arrecadação será doada para o projeto Amigos da Escola.

Maiores informações pelos telefones: (32) 3223-0129 / (32) 8822-2449.

Programação completa:http://www.sinparc.com.br/campanha/flip/juiz/Default.html

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

SOS Região Serrana

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) sensibilizada com as vítimas da tragédia causada pelas intensas chuvas que assolam a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro desde o último dia 10 iniciou campanha solidária. A ação está sendo desenvolvida por meio da Central de Atendimento (CAT), do Centro de Educação a Distância (Cead), do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) e da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe).
As doações serão encaminhadas para a Ordem dos Advogados do Brasil/Subseção Juiz de Fora (OAB/JF), que destinará os donativos aos desabrigados e desalojados. Estão sendo arrecadados água e leite (em recipientes lacrados); colchonetes (colchões não serão aceitos); alimentos não-perecíveis (arroz, feijão, óleo, massas, biscoitos etc.); roupas; fraldas descartáveis; material de limpeza (principalmente água sanitária e cloro); e artigos de higiene pessoal (escovas e pasta de dentes, sabonete etc.).
As fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro já registram mais de 600 mortes. O desastre, que deixa milhares de famílias desabrigadas e desalojadas, já é considerado a maior tragédia climática da história do país.
Locais de recolhimento de doações
CAT: até o próximo dia 21, das 13h às 18h
Cead: até o próximo dia 19, das 8h às 19h
Critt: até o próximo dia 19, das 8h às 18h
Outras informações: (32) 2102-3978/ 3911 (CAT)
(32) 2102-3487 (Cead)
(32) 2102-3435 (Critt)
faleconosco@ufjf.edu.br

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Revista Encontro Literário: inscrições para publicação de contos e poesias


Revista Encontro Literário

Edital 01 de 2011
A Revista Encontro Literário tem como objetivo fomentar a produção literária, bem como o prazer da leitura. Para isso, lançamos o primeiro edital para publicação de contos e poesias, edital 01 de 2011.

REGULAMENTO
Art. 1º – A Revista Encontro Literário por meio deste edital abre inscrições para publicação de contos e poesias. O tema é livre.
Das inscrições
Art. 2º – Podem participar do edital quaisquer pessoas, desde que o texto seja escrito em língua portuguesa.
Art. 3º – As inscrições serão realizadas através do e-mail revistaencontroliterario@yahoo.com.br no período de 10 de fevereiro a 10 de março de 2011.
Parágrafo único – Não serão aceitos textos discriminatórios ou pornográficos.
Art. 4º – Cada participante pode se inscrever com 1 (um) trabalho em cada categoria. Os contos e poemas devem ser inéditos, ou seja, contos e poesias que ainda não foram publicadas em livros, jornais ou outros meios.
§ 1º – Os contos e poemas devem ser enviados em arquivo Word (preferencialmente versão 2003) para o e-mail revistaencontroliterario@yahoo.com.br, acompanhados do título da obra e dos dados pessoais (nome completo, endereço, telefone de contato, e-mail) bem como de um breve currículo.
§ 2º - Os trabalhos devem ser digitados em editor de texto eletrônico Word ( preferencialmente versão 2003) seguindo as seguintes configurações:

a) Fonte Arial ou Times Roman, tamanho 12;
b) Espaçamento entre linhas de 1,5 cm.
c) Cada poema não deve exceder o limite de 02 (duas) laudas e cada conto não deve exceder o limite de 03 (três) laudas no tamanho A4;

§ 2º – As inscrições serão gratuitas.
§ 3º – Ao se inscreverem, todos os candidatos aceitarão automaticamente todas as cláusulas e condições estabelecidas no presente regulamento.
Art. 5º – Serão selecionadas 5 poemas e 3 contos para publicação no site da Revista Encontro Literário, inscrito no endereço www.revistaencontroliterario.blogspot.com
§ 1º – Ao enviar as produções literárias o participante tem a plena consciência de que autoriza a Revista Encontro Literário a publicar suas obras sem nenhuma espécie de ônus para a revista.
§ 2° – Este é um edital que visa à publicação de obras literárias, sendo somente um veículo de comunicação entre o escritor e o leitor. Ou seja, não premiamos nenhuma produção literária seja financeiramente ou com troféus.
Da comissão julgadora
Art. 6º – A Comissão Julgadora é composta pelos editores e colaboradores da Revista.
Parágrafo único – A Comissão Julgadora terá autonomia no julgamento, que será regido pelos princípios de originalidade. A decisão da comissão é irrevogável.
Do resultado
Art. 7º – O resultado do Concurso será divulgado em maio de 2011 no site www.revistaencontroliterario.blogspot.com. A publicação das obras selecionadas acontecerá no mesmo mês.
Das disposições finais
Art. 8º – Os casos omissos serão decididos pelos Editores da Revista.
Juiz de Fora, 05 de janeiro de 2011.
Editores
Rafael Laguardia
Raphael Reis

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Conhecendo Juiz de Fora...

Para aqueles que vão passar suas férias em Juiz Fora, fica o convite para visitar alguns lugares, os quais representam nossa cidade. Para aqueles que já a conhece, fica o convite para (re) visitar.

Campos da UFJF

Além de ser considerada uma das melhores instituições de ensino do país, a Universidade Federal de Juiz de Fora foi criada em 1960 e é dona de um agradável espaço, sendo também aproveitada como local de lazer, descanso e para a prática de esportes.
Localização: Rua José Lourenço Kelmer, s/n – Campus Universitário, Bairro São Pedro.
Informações: (32) 2102-3800


Cine Theatro Central

Inaugurado em 30 de março de 1929, o Cine Theatro Central é um dos maiores e mais belos teatros do país. Com quase dois mil lugares, está localizado em uma das ruas mais conhecidas de Juiz de Fora, o Calçadão da  Rua Halfeld. Atualmente, é administrado pela UFJF, destacando-se por sua acústica perfeita e pela flexibilidade, visto que é possível receber variados tipos de espetáculos em função de sua infraestrutura para montagens diversas. Desta forma, o espaço é palco de consagrados artistas da música, do teatro e da dança.
Localização: Praça João Pessoa, s/n° – Calçadão da Rua Halfeld – Centro.
Informações: (32) 3215-1400


Museu de Arte Murilo Mendes

Inaugurado em dezembro de 2005, o Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM), é administrado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Seu acervo foi formado a partir da doação da biblioteca e de obras de arte do escritor e poeta Murilo Mendes. O museu também é constituído por bibliotecas dos professores Arcuri e Guima. Graças a doações e parcerias com outros institutos similares, o acervo de artes plásticas também tem sido expandido. O espaço possui ainda laboratórios de conservação e restauração de obras de arte e duas galerias destinadas à exposição.
Localização: Rua Benjamin Constant, 790 – Centro.
Informações: (32) 3229-9070

Centro Cultural Bernardo Mascarenhas

Abrigado pelo prédio da antiga Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas, o Centro Cultural oferece um amplo espaço com constantes exposições e apresentações. Além disso, no mesmo espaço funciona a Biblioteca Municipal Murilo Mendes e, ao lado, o Mercado Municipal, com doces caseiros, peças de artesantao, etc.Visite-o de segunda a sexta-feira das 9h às 21h e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.
Localização: Avenida Getúlio Vargas, 200 – Centro.
Informações: (32) 3690-7052

Fórum da Cultura

Criado em 1971 pelo Professor Reitor Gilson Salomão, o Forum da Cultura é um espaço cultural da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que envolve diversos segmentos de manifestações artísticas, principalmente, o teatro. Tem realizado um excelente trabalho unindo cultura, ensino, pesquisa e extensão. Mensalmente oferece duas exposições, uma em sua Galeria de Arte, e outra em seu Museu de Cultura Popular. A visitação é gratuita.
Localização: Rua Santo Antônio, 1112, Centro
Informações: (32) 3215-3850


Morro do Imperador

O local ganhou este nome por causa da escalada feita por Dom Pedro II, em 1861, no intuito de apreciar melhor a cidade. O Morro do Cristo, como também é conhecido, é um dos atrativos turísticos de Juiz de Fora que o turista não deve deixar de visitar. Por ser um dos pontos mais altos da cidade, é possível contemplar uma vista panorâmica da mesma. O local contém ainda um jardim com bancos, playground, além de barracas de doces e guloseimas. Uma atração para toda a família.
Localização: Acesso pelo Bairro São Pedro
Usina de Marmelos

Inaugurada em 1889 e considerada a primeira usina hidrelétrica da América Latina, a Usina de Marmelos foi tombada pelo patrimônio municipal de Juiz de Fora e transformada em espaço cultural em 1983. No espaço, foi criado também o Museu de Marmelos Zero, que desde 2000 é administrado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Nele estão expostos documentos e peças referentes à hidrelétrica.
Localização: Estrada União Indústria, Km 182 – Retiro.
Informações: (32) 3229-3307


Museu Mariano Procópio

Fundado por Alfredo Ferreira Lage, o Museu Mariano Procópio é o primeiro museu de Minas Gerais. Este possui propósito de resgatar parte da essência cultural e histórica da vida colonial brasileira e do império abrigando um significativo acervo com cerca de 50 mil peças. Além disso, o Museu está situado em um parque rico em espécies da fauna e flora brasileira.
Localização: Rua Mariano Procópio, s/nº – Mariano Procópio.
Informações: (32) 3690-1530

Catedral Metropolitana

A Catedral Metropolitana de Juiz de Fora, com sua edificação do século XIX, foi construída em local estratégico na cidade. Favorecida por suas árvores, a Igreja é um monumento que mistura variados estilos arquitetônicos, como o gótico e o românico. A igreja possui a primeira imagem do padroeiro de Juiz de Fora, Santo Antônio, com mais de 200 anos. Também é possível conhecer os diversos trabalhos sociais que a igreja oferece.
Localização: Rua Santo Antônio, 1201 – Centro.
Informações: (32) 3215-8141


Parque Halfeld

O local foi tombado pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora no dia 29 de dezembro de 1989 eestá localizado no Centro, bem no coração da cidade. Com espécies diferentes da flora brasileira, o Parque oferece espaço para crianças, além de ser ponto de encontro da população juizforana. Ao lado do parque, está localizada a Igreja São Sebastião, reica em detalhes litúrgicos, históricos e culturais.
Localização: Avenida Barão do Rio Branco, s/n – Centro

Parque da Laginha

Fundado em 1983,  o Parque da Lajinha é o lugar ideal para passeios, piqueniques e práticas de esportes. Ocupa uma área verde de 140.000 m² onde possui duas cachoeiras, um lago, quiosques, campo de futebol, etc. Funciona todos os dias das 7h às 18h.
Localização: Avenida Paulo Japiassu Coelho, s/n trevo de cruzamento para o Aeroporto e a BR 040.
Informações: (32) 3690-8326
Praça da Estação

Próxima ao Rio Paraibuna, a Praça da Estação foi inaugurada no início do século XIX para servir à Estrada de Ferro D. Pedro II. O espaço, também utilizado como palco de grandes manifestações e comícios políticos, é dono de um dos mais belos conjuntos arquitetônicos de Juiz de Fora.
Localização: Praça Dr. João Penido (Rua Halfeld) – Centro

Casa de Cultura

Espaço acadêmico da Universidade Federal de Juiz de Fora, a Casa de Cultura possui galerias de exposição, terminais de computadores com acesso gratuito à internet, filmotecas e salas de vídeo com aproximadamente 30 lugares.
Localização: Av. Rio Branco, 3372. Juiz de Fora/MG.
Informações: (32) 3215-4694
Estádio Municipal

Palco de jogos do campeonato estadual e nacional, o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, localizado no Bairro Aeroporto, foi inaugurado em outubro de 1988 e oferece estacionamento, banheiros e bares.
Localização: Rua Eugênio do Nascimento, s/n (próximo) – Aeroporto.
Informações: (32) 3690-7382

Mirante da BR 040

Além de ser a mais importante rodovia de acesso a Juiz de Fora, a BR 040 também liga o município a importantes centros urbanos, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Sua região possui natureza privilegiada, sendo um dos locais estratégicos para se ter uma bela vista.
Localização: Km 794, BR 040
Museu Ferroviário

Com sua localização privilegiada, o Museu Ferroviário, além de ser uma atração turística de Juiz de Fora, é considerado também um recurso pedagógico para as escolas. Atualmente o Museu funciona de segunda a sexta-feira.
Localização: Av. Brasil, 2001 – Centro.
Informações: (32) 3690-7055

Painéis "As Quatro Estações" e "Cavalos"

Localizados na Rua Halfeld na fachada do Edifício do Clube Juiz de Fora, as obras do renomado Cândido Portinari foram adquiridas 1956. uma bonita obra ao alcance de todos que trafegam pelo local.
Localização: Esquina da Rua Halfeld e da Av. Barão do Rio Branco – Centro.
Palacete Santa Malfada

O edifício foi construído no final da década de 1850 pelo comendador Manoel do Valle Amado com a finalidade de ser doado ao Imperador Dom Pedro II. Porém, Dom Pedro determinou que a obra fosse utilizada para fins escolares ou assistenciais. Adquirido pelo Estado em 1907, o edifício foi ocupado pelo primeiro grupo Escolar de Minas Gerais e tombado, integrando-se ao patrimônio municipal, desde janeiro de 1983. Hoje abriga a Escola Estadual Delfim Moreira.
Localização: Av. Rio Branco, 2437, esquina com a Rua Braz Bernardino.
Informações: (32) 3216-6585

Museu do Banco de Crédito Real


O Museu do Crédito Real abriga a história da instituição e peças do início do século XX como notas e moedas. No mesmo prédio, encontra-se o instituto Teuto-Brasileiro William Dilly que resguarda a história e cultura alemã. A sede do Antigo Banco Central de Crédito Real e o Acervo do Museu do Crédito Real é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA).
Localização: Rua Getúlio Vargas, 455 – Centro.
Informações: (32) 3211-0770
Repartições Públicas

As obras do prédio das Repartições Públicas foram finalizadas em 1944 seguindo o padrão arquitetônico da época, sendo construído em estilo eclético, buscando harmonizar elementos clássicos. Atualmente, o prédio também abriga a Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) e o JF Informação, posto de atenção ao cidadão. A Câmara Municipal também compõe o seu cenário.
Localização: Av. Barão do Rio Branco, s/n (Parque Halfeld) – Centro.

Museu Dinâmico de Ciência e Tecnologia

O acervo do Museu Dinâmico de Ciência e Tecnologia é uma iniciativa da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no intuito de não somente retratar a história da engenharia, mas também como forma de conhecer mais sobre a evolução do conhecimento científico e histórico em geral. Seu acervo é composto por uma diversificada coleção de peças relacionadas a várias áreas da informática, engenharia e indústria do entretenimento.
Localização: Av. Barão do Rio Branco, 3400 (fundos/3° andar).
Informações: (32) 3214-4161

Museu de História Natural

Através do Museu de História Natural e do Museu se Etnologia Indígena é possível conhecer, respectivamente, através de seus exemplares a história evolutiva do homem desde o seu aparecimento no planeta e saber também sobre a cultura dos primeiros habitantes do Brasil.
Localização: Rua Halfeld (parte alta), 1179 – Centro. Juiz de Fora/MG.
Informações: (32) 3249-7761

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Entrevista com o Profº. Drº. Jesse Souza, concedida ao Jornal Tribuna de Minas

A tão badalada nova classe média trabalha até 14 horas por dia, é explorada e não tem todas as vantagens típicas de uma classe média estabelecida. A opinião é do professor Jesse Souza, doutor em sociologia pela Universidade de Heidelberg (Alemanha) e coordenador do Centro de Pesquisas sobre Desigualdade da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O assunto é tratado em seu mais recente livro, lançado em novembro pela Editora UFMG e resultado de pesquisa encomendada pela Secretaria de Estudos Estratégicos do Governo Federal, "Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe média trabalhadora?". Em seu apartamento no Bairro Cascatinha, ele falou à Tribuna também sobre as classes mais populares, tratadas na obra "A ralé brasileira", e que segundo ele, originaram parte da nova classe média brasileira.
 
Tribuna - O seu primeiro livro trata das classes mais populares. Por que o senhor usa o termo ralé?
Jesse Souza - Chamei assim para ser provocativo. Fizemos um estudo, realizado por uma equipe com 11 alunos doutorandos e mestrandos da UFJF. Trabalhamos quatro anos no projeto. Esta pesquisa mostrou a natureza e a especificidade desta classe de abandonados entre nós. Nas entrevistas nas casas de pessoas que diziam não ter capacidade de se concentrar, encontramos um pai brincando com o filho com um carrinho de mão, ensinando-o a ser um trabalhador manual. Enquanto na classe média, o pai está lendo um livro ou um jornal, e a mãe, contando história. Vimos que a capacidade de se concentrar é um atributo de classe. A ralé não foi ensinada a se concentrar pela transmissão silenciosa, mas que é muito mais profunda e eficiente. Se uma criança é estimulada à leitura, a ouvir história, ela vai chegar na escola vencedora. E a escola vai exigir dela exatamente o tipo de disposições para o comportamento de disciplina, autocontrole, pensamento prospectivo, imaginação. Ela chega na escola já com estas disposições prontas, como vencedora. Na ralé é o contrário, as crianças chegam como perdedoras. A escola só vai dar o carimbo depois: "você é burro e preguiçoso". Nós encaramos a disciplina e o autocontrole como dados naturais. E isso é errado. Todas as ciências dominantes repetem esse erro, pois são ciências do poder. Constatamos que a falta da escola vai caracterizá-los. A sociedade está dizendo que esta classe é "perdedora e burra" por culpa deles. Como a gente já fez com os negros. É muito mais fácil perceber esse tipo de coisa em relação à diferença étnica do que à diferença de classe. Assim, somos uma sociedade que nunca assumiu e nem assume a responsabilidade de ter construído uma classe que é destinada ao abandono.

Tribuna: Qual a relação entre essas duas classes, a ralé e a classe média?
Jesse de Souza: No Brasil a gente tem uma tendência, que é extremamente conservadora, de uma sociedade que se imagina humana, amiga, gente boa, mas que, no fundo, é perversa e má. E eu digo má por ser uma sociedade indiferente à dor e ao sofrimento alheio. A gente não compreende a nova classe média sem referência ao tema da ralé. A ralé é uma classe extremamente numerosa, que engloba 1/3 da população do país, e são as pessoas que normalmente têm menos capital cultural e menos capital econômico. Quem tem capital cultural (escolaridade e acesso a bens culturais) e capital econômico vai ter acesso a melhores salários, a mais reconhecimento, a mais prestígio. Toda a malha de relações sociais é pré-decidida pelo acesso privilegiado de alguns ao capital cultural e econômico. Eles são os mais importantes na sociedade moderna e capitalista, porque Estado e mercado precisam deles para funcionar. Politicamente ninguém percebe a ralé, nas últimas campanhas eleitorais ninguém falou nisso, falou-se do Bolsa Família, mas não se tematizou a ralé. Este assunto nunca é tocado, porque a esfera pública brasileira é montada conservadoramente. Então, cria-se um tipo de oposição que é falsa, superficial e infantil entre Estado corrupto e ineficiente e mercado virtuoso. Não que o mercado seja pior ou melhor que o Estado, mas a última crise mostrou que as fraudes do mercado são planetárias. Você maquia balanços de países inteiros para ganhar dinheiro. Para ganhar mais dinheiro, o mercado faz o que quer. Só que essas pessoas, depois, nos jornais, saem como gênios da finança e não como ladrões ou corruptos. São dois pesos e duas medidas. Esse tema do Estado versus mercado no Brasil domina todo o debate público, fazendo uma polarização, dizendo que o Estado é patrimonial e ineficiente em si. Aqui tem uma classe média que se completa do trabalho barato dessa ralé - babá, porteiro, motoboy, empregada doméstica, para se dedicar a empregos vantajosos e prestigiosos, e isso não é percebido, sequer, como luta de classe.

Tribuna: O senhor disse que era mais crítico em relação ao Bolsa Família antes, por quê?
Jesse de Souza: Minha crítica é porque eu acho, por exemplo, que só esse tipo de ajuda financeira, mesmo que seja vinculada à ida das crianças para escola, claro que é bom, mas não é suficiente para que a ralé deixe de ser ralé. Embora pense que seja um mérito do Governo Lula. Estou convencido de que se Lula tivesse apenas mantido a taxa de crescimento econômico sem ter feito nada pelas classes mais pobres, ele teria mais votos. O preconceito não é contra o nordestino. O que está por trás da imensa maioria dos preconceitos, fora o de gênero, é o preconceito de classe. Ser contra o Bolsa Família é burrice, pois ele tem dinamizado o mercado interno brasileiro, especialmente, estas novas chances abertas por aquela que estamos chamando de nova classe média, pois foi criada uma demanda que antes não existia. Ninguém diz nada sobre o Brasil ter gasto muito mais do gasta com o Bolsa Família para sanear os bancos, ninguém achou isso errado. Agora, quando se pega 0,5% do PIB e dá aos pobres, cria-se uma "grita" enorme.
- O mercado tem valorizado muito a nova classe média. Como o senhor encara esse movimento?
- Precisamos definir a nova classe trabalhadora sem o triunfalismo que as pessoas têm colocado, como a ideia de que o Brasil está virando uma nova França ou uma nova Alemanha. Não há problema em querer. O problema é manipular, pois estamos muito longe disso. A ideia da classe média com cem milhões de pessoas serve para quê? "Já estamos no Primeiro Mundo". É uma mentira e não é um mero efeito do crescimento econômico. O Brasil já teve um crescimento econômico dessa monta, durante 50 anos, de 1930 a 1980, e não eliminou esta classe e esta desigualdade grave. A economia é o único aspecto visível, pois todos os outros são invisíveis. Por isso, fiz aquela ênfase toda na transmissão dessas disposições afetivas e emocionais e, depois, elas vão influenciar se a pessoa terá acesso ou não as bons empregos, salários, prestígio e reconhecimento. Isso é importante ter essa noção, porque, senão diremos coisas que muita gente boa fala, como "a escola resolve tudo". De que forma, se a ralé já chega na escola como perdedora? Essa classe está sendo construída há séculos e nunca foi vista, mas é mantida e negada até hoje. E não é um governo político corrupto em Brasília não, somos nós que reproduzimos isso quase todos os dias a cada instante. Está na hora de assumir esta responsabilidade e não infantilmente botar a culpa sempre nos outros, numa elite encastelada.

Tribuna: Como o senhor caracteriza esses novos trabalhadores?
Jesse de Souza: A nova classe trabalha em condições muito mais difíceis do que a classe trabalhadora anterior, ao mesmo tempo que tem mais chance de se tornar efetivamente um pequeno empresário. Existe um ambiente para que esse tipo de coisa aconteça, mesmo que a maior parte não tenha esta história de sucesso. É uma faixa pequena da ralé, uma espécie de elite da ralé, uma pessoal que nasceu em uma família estruturada. As famílias da ralé têm sua mãe, vários homens, e a taxa de abuso sexual nas famílias mais pobres é imenso. Ainda assim tem uma parte deles que pode reagir, desde que tenham os meios. Parte dessa ralé compõe a nova classe trabalhadora, que também é composta por jovens que entram no mercado, parte da pequena burguesia etc. O que esse pessoal não tem, ao contrário da classe média efetiva, é o capital cultural na mesma medida. Elas não podem dedicar o seu tempo, e o tempo é importante para o privilegiado. Quem é privilegiado tem à sua disposição o recurso mais escasso e valioso, que é o tempo. Essa nova classe trabalhadora não tem acesso ao tempo. Ela trabalha de 10 a 14 horas por dia, é explorada, estuda no período da noite e trabalha de dia. Ela não tem todas as vantagens que são típicas de uma classe média estabelecida. Mas, agora, tem acesso um certo consumo que antes não tinha.

Carla Duailibi
Editora

Fonte: http://www.tribunademinas.com.br/economia/eco10.php. Acesso: 03/01/2011